sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A música do tempo infinito

Este é um estudo sobre a dinâmica da captura de potencias utópicas. É um estudo sobre a natureza da retórica da assimilação, para lembramos Paulo Arantes desde já, de um espaço que concebeu a si mesmo como herdeiro legítimo do universo contra-cultural das décadas de 1960 e 1970: o mundo da música, da vida e da noite eletrônicas dos anos de 1990 e 2000.
Trata-se, como veremos, de um mundo que fundiu e deu forma, configurando a seu modo histórico único, a três dimensões do humano que não costumam ser aproximadas de nenhum modo: utopia, niilismo e pragmatismo de inserção social. Trata-se, também, de um amplo mundo de práticas, objetos estéticos, esperanças ideológicas e produtividades sociais próprias, que poderia ser pensado, e o foi, como um movimento, posicionado entre a juventude e a vida adulta, em um mundo recentemente globalizado na universalidade do novo mercado tecnológico.
                                                                       Sacar!!!

                                                     

Um comentário:

  1. “Entrei aos 14 anos numa boate para nunca mais sair. Fui mordida pela engrenagem infernal da noite. Sem possibilidade de condicional. Sou uma toxicômana total. Cheirada por natureza, e perua. Pirada de mundanismos. Doentia ao extremo. Alcoólatra e cocainômana. Sou atraída toda noite pelo meu vício como um bêbado por sua garrafa, como um jogador que vai bater as cartas. Afoguei minhas ilusões em rios de champagne, eu as sepultei debaixo de montanhas de pó, minha virtude se deslocou de mão em mão, de cama em cama... O reverso da medalha do sonho... Os bastidores da festa... Cuspo na cara deste mundo, mas ele me possui inteiramente. E é esta a única maneira... Não vou parar de sair. O que iria fazer do meu guarda-roupa Gucci? Dos meus vinte pares de sapatos Prada, dos meus vinte pares de botas Sergio Rossi? Das minhas roupas de puta? Não contem comigo para doá-las a nenhuma obra de caridade. Elton John não tem nada a ver com as minhas coisas. Não preciso fabricar nenhuma boa consciência, não sofro disso.” Alucinoise.

    ResponderExcluir