Música: Prurient

Final da década de 90, mais precisamente em 98, sairiam - a fita cassete Simple Mark e o cdr Blades Steam Red Sweat, Inside The Things I Dread, obras de autoria do Prurient

As duas gravações são obras seminais de Dominick Fernow, responsável pelo Prurient, projeto que vem cada vez mais ganhando reconhecimento. Além do projeto, Dominick, é dono do selo, gravadora e loja Hospital Productions, localizados em East Village, Manhattan, Nova York.

A última produção de Prurient é a obra Bermuda Drain, gravado entre julho e dezembro de 2010, pela gravadora de Dominick e lançada pelo selo Hydra Head Records. Antes de Bermuda Drain, os fãs tiveram acesso ao single Many Jewels Surround The Crown, onde contém duas músicas de mesmo nome com diferentes versões.

Bermuda Drain saiu em cassete limitada em 300 cópias. O que você encontra quando aperta o play é uma viagem sonora, com batidas repetitivas, gritos tresloucados, introspeção, comentários fora de sentido, surrealismo e loucura. Entretanto, a cassete é a obra mais “melódica” do projeto.

Fernow inicia sua carreira de noise de forma um pouco inconsciente, pois é apenas com 16 anos que começa a fazer experiências barulhentas na escola onde estudava. Na época, o artista escutou bandas de Death metal alternativas, e é nesse mundo do metal extremo que Dominick encontraria algo que o mudaria para sempre, a sonoridade mais intensa do mundo, cunhada como música noise.

Atualmente o artista segue o modelo ruído mais voz em suas apresentações ao vivo.

Junto com um colega, já influenciado pela ala mais radical da música, iriam por meio de programas de computadores primitivos criarem suas primeiras músicas. E foi naquele momento que nasciam seus primeiros sons. Mesmo assim, Dominick ainda não estava completamente inteirado das manifestações ruidosas ao redor do mundo, mas quando escutou Masonna seu mundo veio à abaixo.

Prurient é o resultado das percepções de Fernow. Desta forma, o que escutamos não é algo prazeroso, são barulhos para descobrirmos nós mesmos e sentir a pulsação da nossa existência. O objetivo é colocarmos em cheque nossos vazios, nossas dúvidas, é questionar porque sentimos isso e não aquilo – é reconhecer que viver é um perigo.

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