Uma das drogas mais poderosas com efeito global é a narcotização. Essa, provinda do excesso de informação, foi motivo de estudo de dois sociólogos estadunidenses e fez parte até de um dos discursos do Papa à época.
A narcotização consiste em um agente receber tanta dose de informação ou realidade que simplesmente, ao invés de agir e tornar-se ativo para enfrentar alguma adversidade, torna-se praticamente apático e vítima do que para ele foi exposto.
Desta forma, se colocássemos um indivíduo em uma exposição incessante de, por exemplo, câncer provocado por um hábito seu. Ele não só ignoraria o fato como continuaria, às vezes até mais intensamente, a fazê-lo sabendo das consequências.
Uma sociedade obcecada por qualquer tipo de informação podendo ser relevante ou irrelevante, os resultados são o mundo em que vivemos.
A única verdade que deveríamos carregar em nossas vidas é que o mundo não dura mais 200 anos e o Brasil não durará mais de 50 anos, se continuarmos a manter as coisas assim.
Abaixo um texto publicado no site Observatório da Imprensa em que explica melhor o que foi exposto.
AQUI
Viva a arte, destrua a realidade, sejamos todos esquizo-trans-ciber-xamãs. A verdade é que ninguém quer a verdade, mas no fundo estamos todos enterrados nela buscando um sentido à existência por meio da lógica, um motivo para o vazio do nosso cotidiano. AQUI
CAPITAIS SÃO ESPECTROS DOS HOSPÍCIOS DAS PRÓXIMAS DÉCADAS.
Texto interessante. A narcotização, ainda que não no mesmo termo, já havia sido estudada por Hanna Arendt, em sua obra "a banalidade do mal" onde enfatizava que alguns indivíduos agem dentro das regras do sistema a que pertencem sem racionalizar sobre seus atos.
ResponderExcluirSendo a mídia fruto também de uma atividade humana, ainda que a considerem intelectual, não deixa de ser uma poderosa instituição que se arma ao bel prazer do sistema. E arma-se produzindo mais informação irrelevante, assim terá mais revistas vendidas, mais lucros, pouco importando se a qualidade das matérias jornalísticas e informativas são relevantes a ponto de produzirem uma revolução.
A missão da imprensa já ultrapassou o significado de informar, disputando com essa montanha de redes sociais criadas mais para superexpor corpos e modas do que para estimular uma consciência mais coletiva e prática.
Faz tempo que a era da informação veio para desgraçar, principalmente num momento contemporâneo vazio, onde tudo é rápido, fácil e descartável.
Alguma coisa me diz que chegará o tempo em que não saberemos quem veio primeiro, se a informação midiática ou nossa própria consciência, pois, já dizia Hobbes: "o homem é o lobo do próprio homem". Auuuu.