No dia 17 de junho, em Curitiba,
resolvi participar da onda de protestos que explodem pelo país. Fui num misto
de descrença e ansiedade, pois sabia que encontraria as novas ratas que num
futuro próximo (uns já estão nos bordéis públicos) desejam ocupar o lugar das
ratazanas gordas. São estas últimas as responsáveis diretas de uma vida que não
dá opção para a juventude: “Ou você é massacrado no mundo corporativo ou passa
fome”.
A tentativa de cooptar este bolo
polifônico de interesses que está na rua cada dia torna-se mais claro
para quem acompanha a porra toda sem sentimentalismos. De um lado, a esquerda
prostituída que está no poder. Uma esquerda bizarra que para manter-se no poder
curra o povo diariamente, aceita todo tipo de aliança e perdoa qualquer crime,
uns cínicos. De outro lado, a putada dona de metade do Brasil, uns psicopatas
que tem medo do povo e cheira cocaína para caralho e cura a ressaca de
champanhe tomando tarja preta.
Sim, indiferentes de qual polaridade
ideológica fingem defender, todos os que estão , estiveram ou desejam estar no poder deixaram uma
herança para o Brasil – O direito de todo cidadão tomar no cu e receber
tratamento pejorativo se escolher a rebelião. Geralmente quem cumpre essa
função de marginalizar os rebeldes é a imprensa burlesca nacional que já deu
milhares de exemplos que mesmo estudando em colégios caros são
semialfabetizados e não entendem porra nenhuma.
Voltando para o ato e porque tomar cuidado com os
camundongos aspirantes que estavam no ato contra o aumento de tarifa.
É muito foda ver uma juventude
porra-louca nas ruas, em que cada um vai meio sem objetivo e se junta a algum
bando e esperneia com faixas, cartazes ou o pedaço de pano vagabundo verde e
amarelo. As demandas são várias, desde Dilma fazer sexo anal perpassando pelo
direito de andar de busão de graça até decapitar políticos em praça pública por
ter gastado dinheiro para caralho na compra de cimento para construir essas
merdas de estádios. Sensacional!
Nas primeiras escarradas públicas que o
grande Movimento Passe Livre deu em São Paulo este ano, a polícia
nazi-psíquica, orientada pela teocracia paulistana, desceu a borracha, tiro,
gás e distribuiu bicuda até nos focas moderninhos dos grandes jornais do país.
Com isso, resultou no alastramento de uma juventude que encheu o saco de
reclamar da GVT ou da TIM, acompanhar “vloguers” no youtube e foi para a rua
falar o que pensa, ou muitas vezes, repetir o que pensa quem ela admira. Bom
não dá para esperar muito de quem na escola usava o livro de História para
fazer raquete de bolinhas.
Não me entendam mal caralho! Não estou
chamando a juventude de burra, individualista ou consumista, muito menos sendo
prepotente me achando um Malcom X, longe disso. Mas, um exemplo, que porra de
Educação é essa que vocês desejam e estão escritas com canetão em cartolinas?
Se for para aumentar salário de professor ou reformar esses presídios juvenis.
Bem, estou de boa. Sou do time do Ivan Ilitch e sua “Sociedade sem escolas”. O
quer quero dizer são duas coisas: ou todo mundo tá chapado para caralho feito
um zumbi, ou vocês desejam algo que não sabem o nome, mas se juntarmos todas
essas reinvindicações se transforma em reforma política. Coisa linda!
Se todo mundo tiver chapado feito um
zumbi (fico triste para caralho pelo MPL, gosto deles, conheço alguns de SP,
continuem tentando viver em uma sociedade sem catracas e esqueça essa história
de entrar para história) as ratas e ratazanas estão só esperando o momento para
mostrar os dentes no jeitinho “aberto ao diálogo” e enganar vocês todos
oferecendo qualidade de vida no estilo Videodrome, ou seja, mais e mais do
mesmo.
Mas se a juventude deseja que essa
porra de mansão-grande e senzala mude, precisa-se além de ficar desfilando nas
ruas e mandando fotos para o instangram para receber aprovação. Precisa-se,
finalmente, abrir uns livros e começar a entender porque esse país do caralho
sempre foi um cuzão com a gente. Ler livros, se informar fora da tv e da internet, agir com ou sem violência,
e lembre-se disso: reforma política e fim do neoliberalismo. Assim, vinte centavos vai ser direito e não exigência.
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