Vou
falar sobre a misantropia reinante desta cidade, sobre o provincianismo abissal
que reina aqui, da ignorância, do preconceito, fascismo, mitomania coletiva, do
clima, do conversadorismo brutal e outras canalhices. Desejo apenas contar alguns fatos. Sou só
mais um!
Pergunte
para algum bebê, jovem, velho, defunto de Curitibosta o que na cidade dele tem de
cultural e você ficará abismado com o nível de burrice e egocentrismo... Até um
mosquito teria uma comportamento mais satisfatório.
Tradição cultural primeira: ser
assaltado.
“Já fui assaltado a mão armada no centro! Segurança pública deixa muito a
desejar! Raramente vi policiamento nas ruas, e se o centro já é caótico,
imagine a periferia e as várias favelas “omitidas” da cidade!”. Civil um.
Um
amigo que não fiz em Curitibosta e não é curitiânus, mas que teve a mesma ideia
imbecil de vir pra cá um dia foi assaltado numa rua central com dezenas de
pessoas ao lado. O cara gritou por ajuda, apanhou dos dois assaltantes e os
curitiânus ficaram assistindo... ASSISTINDO!
Vindo
trabalhar, oito horas da manhã, um FILHA DA PUTA DA POLÍCIA CÍVIL meteu uma
arma na minha cara confundindo-me com os milhares de picaretas, canalhas,
vagabundos, párias e viciados que constituem a cidade. Notei que quando este
MALDITO MARGINAL FARDADO praticava uma ilegalidade chamada de abuso de poder,
donas de casa, tiozinhos “de bem” saíram correndo. A ordem expressa que não se fala na cidade é a
seguinte “Deixa morrer, antes ele do que eu”.
Quando
fui assaltado por três curitiânus que resolveram fumar crack para caralho a
escolher viver nesta merda sóbrio, procurei A BOSTA DA POLÍCIA MILITAR.
Primeiro encontrei dois coxinhas e falei que tinha sido assaltado. O cara
prontamente respondeu “Não posso sair daqui, recebi ordem expressa para fazer
segurança do padre que mora aí na frente”. Então solicitei a ele chamar via rádio algum
arrombado de trabalho para irmos atrás dos merdas que me ameaçaram com arma.
Ele fez isso, mas depois de dez minutos chegaram duas viaturas com oito
policiais com vários refrigerantes Cini sabor framboesa e pizza de mozarela requentada
na chapa. Perguntei para o BOSTA MILITAR
com um pedaço pizza de mozarela como ficaria minha situação, recebo a resposta
com desdém: “Ah você tá vivo, vai pra casa e deixa isso pra lá”. Não contente fui
à delegacia que tem como padrão te receber dizendo: “Rapá é melhor você ir para
casa, a cadeia tá superlotada e estamos com perigo de rebelião”. Dizem isso o
tempo todo, já virou cultural ser recebido em delegacias assim, até quando você
precisa fazer B.O. porque fingiu perder
o celular. Na verdade os curitiânus vivem jogando o celular no canal Belém
porque a única pessoa que ligava uma vez por ano para ele começou a incomodar. É
outra prática corriqueira entre os curitiânus, reclamar da vida e fazer de tudo
para não se encontrado nem pela própria sombra.
Um
curitiânus uma vez cacarejou para mim: “Cara se você é enganado ou roubado na
cidade você passará mais raiva tentando resolver do que a raiva anterior de ter
sido enganado ou roubado”. Fica a sugestão.
Tradição cultural segunda: fazer
conhecidos.
“Dos sete
anos que fiquei em Curitibosta, jamais fiz alguma amizade concreta, tive que me
isolar, pois é um lugar sem calor humano, as pessoas não vivem, apenas sobrevivem,
sem contar os inúmeros estelionatários que se disfarçam de pessoas “sérias”
atrás de um terninho”. Civil dois.
Amizade
(do latim amicus; amigo, que possivelmente se derivou de amore; amar, ainda que
se diga também que a palavra provém do grego) é uma relação afetiva, a
princípio, sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas.
Conhecido
(substantivo masculino, do latim cognosco,
-ere) usado normalmente para
designar pessoas que você conhece. Analogamente
é como ler mais um livro que não te toca muito, você conhece o conteúdo do
objeto, mas não tem interesse em aprofundar aquela relação. Geralmente mantemos
essa relação com funcionário público vagabundo, colegas de trabalho chatos,
professores pedantes, pastores mentirosos, feministas radicais, punks bitolados
e “artistas de rua” que fingem ser alternativos e artistas.
ENTENDERAM PORRA? Mas vou continuar
explicando...
Mudei
para cá a fim de fazer faculdade, nos quatro anos que estive dentro da universidade
conversei (a maioria diariamente) com mais de 50 pessoas. Depois de quatro
anos, me formei, e sai com amizades concretas com menos de duas. Isso mesmo,
das 50 cabeças que mantive relações amistosas hoje falo apenas com uma pessoa e
meia! E menos de uma vez por mês. Imagine você conviver quatro anos com dezenas
de pessoas, conversar diariamente com várias delas, e num estalar de dedos
saber que não fez amigo nenhum. Só uns chegados de boteco ocasionais para ficar
falando banalidade da vida em meio a uma tentativa desesperada de ficar ébrio.
Devia,
depois de formado, ter sumido desta merda, mas continuo por aqui na cidade mais
imbecil que acha que tem uma cena cultural de Londres, educação da Finlândia e
transporte de Tóquio. Quando na verdade a cena cultural é mais tosca do que a
de Burundi, a educação é semelhante ao país de Chade e o transporte é similar
ao do Zimbábue.
Se
algum dia um curitiânus ultrapassar o limite de bairro Orleans e entrar em algo
chamado rodovia talvez se sinta estranho, confuso, atordoado, em pânico. Pois existem
pessoas que dizem: “Olá” e sorriem. Hábito completamente raro, e quando
realizado é de uma falsidade similar ao de um vendedor querendo convencer
alguém das vantagens de pagar três mil reais numa TEKPIX modelo iDV-12.
Se
algum dia alguém você fizer amizade com alguém desta cidade só existem duas
alternativas: Não nasceu aqui ou nasceu aqui mais já ultrapassou o bairro
Orleans ou Boqueirão algumas vezes. Um curitiânus que foi vomitado na cidade e
nunca fez o que disse acima, tem 100% de chances de ser um pau no cu de marca
maior.
Além
de ter completa aversão a amizades e animais de estimação, o curitiânus sofre
de Transtorno de personalidade Narcisista, ou seja, se acha importante, o
centro do mundo, erudito, belo, amoroso, moral... Quando na verdade tem estatura
cultural de um piolho e importância de uma bituca de cigarro.
O
curitiânus não sabe lidar com seus problemas emocionais e sexuais, e os tratam como
se não existissem. Devo ressaltar mais uma vez, o contrário é raríssima exceção!
Aqui é comum não respeitarem opiniões diversas, não nutrir a capacidade de se compreender.
Isso é mais do que um fato, pois nunca nos compreendemos se não praticarmos a alteridade
a fim de desenvolver um trabalho pessoal de comparação e referenciação.
O
curitiânus é tão desumanizado, sem sentimentos, brutalizado por smartphones e
outras bostas símbolo do consumismo que todo final de ano grupos inteiros de
proteção animal tem que resgatar animais de raça que foram jogados nas ruas porque
o curitiânus resolveu “viajar” e descobriu que cachorros e gatos crescem e necessitam
de companhia. Não conseguem manter
relação amistosa nem com animais estes desmiolados.
A
dística aqui é “FALAR MAL PRIMEIRO, CONHECER ALGUM DIA”. Entre as consequências
é ser ranzinza, mal humorado, reprimido, sempre doente, assexuado, normal, bunda-mole
e quando provocado violento.
Tradição cultural terceira: comer.
“Quando estive em Curitibosta me
apresentaram o que eles chamam de pratos típicos tive diarreias contínuas
durante duas semanas, a comida é como toda a cidade, uma farsa”.
Civil três
Simplesmente
foi toda copiada de Guaraqueçaba, Morretes ou Paranaguá, mas...
Algum
historiador picareta do Reich Institute for History of the New Germany de
Curitibosta inventou que os curitiânus são os únicos abençoados pela semente
que só dá para comer cozida, mas conhecida como pinhão.
Todos
eles acreditam que essa comida geradora de gases brutais só tem aqui. Mas não
percebem que a história do mundo tem bem mais do que 318 anos e essas sementes,
que só dá para comer cozida, há mais de cinco mil anos são consumidas pelo
mundo. Os romanos já ingeriam isso, os suíços, os índios... No entanto, o
curitiânus acha que isso nasceu no bairro vizinho e só o mercadinho Angeloni
vende a especiaria.
Compre
umas mandiocas vencidas no sacolão da Rui Barbosa, a carne mais dura que tiver
no açougue e misture com o maior número de temperos que encontrar: eis ai o
bosteado! Prato típico consumido por todos os curitiânus de Curitibosta. Tudo
isso acompanhado de Cini framboesa. O bosteado tem outro nome se você comê-lo
numa cidade “longe do meu bairro” chamada Morretes, lá a especiaria é menos
ruim e chama-se barreado.
E
por fim outra comida típica é a carne de onça, que não é de onça e sim de coxão
duro moído no frigorífico Bizinelli. A carne de onça é carne crua com
cebolinha, prato consumido mais por velhos e urubus.
Outra
tradição da cu-linária é ir ao bairro “longe do meu bairro” chamado Santa
Infelicidade. Como todo jacu gosta de coisa “diferente” é lá que você
encontrará o que em outros lugares chamam de “rango de mendigo”.
Em
Santa Infelicidade no final de semana são servidas toneladas de farinha de
milho frita com farinha de trigo cozida, acompanhadas de suco de tomate quente
e asas de pomba, também, fritas. É o paralelo à polenta, o nhoque com molho de
tomate e o frango. Nestes requintados lugares com arquitetura de sopão, o
curitiânus se deliciam e pagam caro. Saem de lá alegres, felizes, mais gordos
para ver seu time do bairro jogar e perder. Dai termina seu final de semana
vendo um obeso mórbido chamado Faustão ou procurando travestis no bate papo da
UOL.
Enfim
a canalha tem tara em suas vísceras e tripas, finge ser civilizado, mas no fim
é um franguinho cagão que se sente ameaçado o tempo todo. Tem medo de
sentimentos considerados pela humanidade como saudáveis.
Tradição cultural quarta: imobilidade
urbana
“Sobre o
transporte coletivo: HIPERLOTADO! Sem contar que as pessoas morrem derretidas
de tanto calor dentro desses tubos, verdadeiros fornos e sem ventilação alguma!
Os terminais de transporte urbano são construções baratas e descartáveis, e
além de serem extremamente apertados não comportando os passageiros, quanto
chove molha todo mundo que está dentro!”. Civil quatro.
Tai
um tópico que a corja sente orgulho, esbraveja e não reconhece que existam
milhares de cidades com algo mais decente.
Em
Curitibosta é ensinado em suas escolas com pedagogia do PSDB que foi um
curitiânus quem inventou a roda e por consequência temos o melhor transporte do
mundo. Andar sendo encoxado, ser empurrado, tomar ombradas, ouvir a mesma merda
de música clássica todos os dias, sentir falta de ar em pontos encapsulados,
sentir enjoo com o cheiro do ônibus sanfona, chamar um táxi e esperar mais de
duas horas é somente, e unicamente, algo nosso, desta cidade maravilhosamente
maldita. Curitibostiânus por excelência acreditam que do resto do mundo anda a
pé ou de carroça e nada funciona.
Mas
geralmente o curitiânus deseja é ter um carro para mostrar sua importância,
atropelando mendigos, furando sinais vermelhos, estacionando em lugares
proibidos, não dando setas de conversões, andando na contramão, furando filas,
jogando o carro em cima de civis, andando sem respeitar sinalização alguma,
parando em cima da faixa de pedestre, calçadas ou lugares para deficientes
físicos e sempre, sempre que um MERDA FARDADO imputar uma multa sair gritando
histericamente: “É uma máfia!”. Mesmo que seu carro esteja em cima de um
catador de papelão que você não viu dez quadras atrás.
Curitiânus
acha que a seta ou pisca alerta é para ser usado somente quando seu time do
bairro vence o campeonato local ou é um enfeite natalino para ser usado em data
comemorativa.
Em
todos os anos que estou aqui, quase fui atropelado por uma caralhada de imbecis
no volante. Gente que acha porque tem um carro tem o direito de passar em cima
das pessoas. Os piores motoristas de Curitiba são velhos, playboys e taxistas.
Mês atrás uma taxista tocou meu pé propositalmente, tentei conversar com ele,
mas como conversar com alguém que diz: “A culpa é sua!”.
Uma
pessoa limitada mentalmente sempre nivela sua vida por baixo, pelos piores,
pelos erros que ele só consegue enxergar no vizinho. Uma vida medíocre,
fortemente carregada de negatividade e depressão. Como ignoram sua
personalidade, os curitiânus, consequentemente Curitibosta, se afunda mais...
Tradição cultural quinta: a cultura curitiânus.
“Falaram-me de cidade modelo, mas na
cidade os centros culturais são excludentes, as noites são somente jovens
bêbados em casas noturnas ouvindo música anêmica. Em curitibosta a cultura faz
questão de fugir dali para Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte ou outras
capitais”. Civil cinco.
Dan
Brown, Paulo Coelho, J.K Rowlings, Içami Tiba, Augusto Cury, R.R. Soares, E.L.
James etc. Estes sãos os livros que os curitiânus compram e leem sem
pestanejar. Literatura sobre fantasmas, duendes, relação sexual via fotossíntese,
conspirações, óvnis, e todo tipo de ladainha para quem não tem assunto com
ninguém e nem deseja.
Henrique
e Diego, Ivete Sangalo, Luan Santana, Gusttavo Lima, Gabriel Valim, Claúdia
Leite etc. Estes são os artistas que bombam entre os curitiânus. Enchem as
ruas, os bailes, os centros comunitários, as arenas, o inferno com essa
sonoridade tipicamente estéril. O curitiânus gosta sexualmente de ser sodomizado.
Em sua vida pública prefere cultura alegre, que fala de amor, amizade, sexo.
Enfim, tudo o que ele não é e não faz.
Partindo
desta premissa já conseguimos fazer um mapa cultural de Curitibosta; superexposição
de um cenário banal e total exclusão da arte. Lugares transbordando gente bêbada
e irresponsável, museus vazios. Inexistência de bibliotecas com livros bons,
modernos... Centros culturais vazios. Festas com fantoches da moda sendo
tratados como deuses. Um grupo de música de boa qualidade terminado por mês.
Dezenas de duplas que só cantam sobre mulher e bebida nascidas por semana.
Tenho
sido uma testemunha do fracasso nesta cidade de bosta. Diariamente tenho
vontade de pegar meus livros e sumir deste pesadelo. Só não o faço ainda porque
não planejei algo melhor.
Todo
final de semana são pancadarias em frente às boates, gente em coma alcólico nos
hospitais, jovens assassinados, estupros em banheiros, alta contaminação de SIDA,
guerra entre gangues, assaltos. Esta aí a cultura de Curitibosta...
Não
bastasse essa narrativa escabrosa ainda temos a filha da putagem de gente que
diz apoiar a cultura independente (a cultura que não foi mendigar dinheiro para
prefeito borra tintas e não quis desperdiçar a criatividade fazendo redação
para edital), mas só aparece nos lugares para ganhar cerveja, entrar de graça,
ou simplesmente nem aparecer. Pagam 380
reais para ver uma caveira gringa caça níquel estadunidense, mas acha caro
cinco reais para ver várias pessoas que não aceitaram serem cooptadas e querem
sair desta grande bolha imbecil.
Tentei
ajudar, mas recebi em troca cobranças absurdas, exigências de gente afetada,
tornando quase um escravo de favores para gente que acha que é sofisticada,
culturalmente expansiva, justa. Quando na verdade são crápulas com atitudes
dignas de um Judas.
Deveriam
aterrar Curitibosta inteira com o lixo produzido no mundo. A única coisa que esta cidade produz é
governador ladrão para roubar o estado inteiro. Só isso, somente isso, nada
mais que isso.
Tradição cultural sexta: sendo uma ou um
curitiânus.
A
prática relacional nesta cidade é basicamente assim. Se você é uma curitiânus
quando solteira se comporte como uma santa, como uma Madre Teresa, Maria mãe de
Jesus, virgem, uma criança inocente. Daí quando um curitiânus te der um beijo
trate logo de casarem e transforme-se numa puta, Madalena, vagabunda mentirosa,
traidora e tudo o que tua boceta conseguir para te beneficiar. Se você é um
curitiânus quando solteiro finja ser macho, viril comedor de harém inteiro,
beberrão, puto, machista, drogado resistente, roqueiro sexista. Quando receberes
o primeiro boquete case e casado transforme-se em uma banana, corno manso,
afetado, autista, dinheirista, pilantra e bem vestido. SEJAM FELIZES EM
CURITIBOSTA!!
Os
únicos lugares que tem bastante público no meio de semana são farmácias,
igrejas e clínicas psiquiatras. Todo mundo morrendo feliz com cara de merda
derretida.
Curitibosta
é a cidade do fracasso contínuo. Nada dura é uma cultura fragmentada, terra
infértil das artes. Cultura aguada. Arte é ficar tocando punheta com caco de
vidro para falar que sofre, para falar que sente. Mas uma cidade purista, não
ama, não se relaciona só pode produzir mongóis arrogantes, cópias distorcidas
de gêneros rotuláveis. Produz plágio, não originalidade. Produz merda, não ouro...
curitibosta.
Nada
mais resume a cultura de Curitbosta do que um galpão criado por especuladores
imobiliários. Feito às pressas, não tem nada, só umas apresentações de
empreendedorismo chinfrim de como se dar bem na vida e uns grafites realizado
por gente que foi enganada.
Espero
que não confundam isso com a cidade de Curitiba nem com a população que aqui
nasceu. Mas como um bom curitiânus sempre confunde as coisas é para vocês
mesmos que tudo isso foi escrito. Vão se foder!!!
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