Vi o
filme Elysium ontem. O filme não tem nada de novo se você já assistiu Distrito
9, Matrix ou os mais recentes Oblivion e/ou Pacific Rim. Ou seja, mais do mesmo
só que agora com Wagner Moura no papel de um personagem caricatural de um
fanfarrão contrabandista. Talvez tenham inserido Moura para agradar os Coxinhas
com complexo de vira-latas dessas bandas.
Não
é só do filme que desejo falar, mas sim do comportamento de uma “etnia” usando
alguns exemplos do filme. Neill Blomkamp faz uma crítica social rasa e
bonitinha de uma sociedade igual a que vivemos na terra dos sabiás; poucos
vivem bem para cacete e muitos se fodem para caralho entre busões lotados,
hospitais sem médicos cubanos e uma polícia robótica descendo a porrada em todo
mundo.
Uma
experiência: converse com um Coxinha sobre o filme. Muitos acharão o filme
sensacional e um desfecho justo. Na vida real, o coxinha pensa diferente: opina
que as manifestações recentes são justas, mas sem vandalismo. “Pô Fera, sem
quebrar nada!”
O
ideário do Coxinha é constituído de um discurso de radialista da Transamérica
com Jabor, construído sobe as bases filosóficas de Olavo, Lobão ou Datena. Uma
mescla entre Bonner e aquela revista semanal cegueta. Comporta-se como Luciano
Hulk no seu bom mocismo cínico, pensa como uma Danusa Leão para fazer pose de
diferente e tem um rancor fruto de não estar na classe social que desejaria.
Desta forma, você não pode esperar muito além de chavões tragicômicos.
O
Coxinha é o cara que muitas vezes se fode como todo mundo, mas acha lindo o que
os privilegiados (galera que te governa, explora e mata) vende como benefícios.
Enfim, o Coxinha é o filho da puta que acentua tua depressão.
Se
no filme estadunidense o desfecho é botar para fuder, transgredir leis e mesmo
que só dois burgueses são assassinados enquanto que pernetas, leucêmicos,
broxas, crianças são explodidos em dezenas, o Coxinha acha que vai mudar a
porra da realidade mandando mensagens eletrônicas para correios eletrônicos
.gov.
Não
quero dizer que a solução no Brasil é pegar em bazuca e explodir a putada cheia
de grana. No entanto, não é uma má ideia.
O que desejo dizer é que por essas bandas as coisas deveriam seguir
rumos mais tortos para os objetivos serem mais retos. Talvez assim, só assim, o
cenário semelhante ao filme mude. O Brasil ainda insiste em manter os mesmos
modelos escravagistas de uns cinco séculos atrás. E o Coxinha apoia isso, numa
adaptação piorada da Síndrome de Estocolmo ou por mau-caratismo.
Você
deve saber dos coxinhas famosos, dos homens e mulheres de bem que emitem suas
opiniões cagadas ou ficam tirando fotos de luto fazendo pose no In(E)stragam
tentando passar a imagem (nisso os Coxinhas mandam bem) de bom mocismo e
consciência política.
Fodam-se
os coxinhas famosos, eles me afetam pouco. O que desejo falar é dos coxinhas
que estão do meu lado. No pelourinho, nas ruas e na postura da médica que me
atendeu fazendo cara de asco porque tinha que enfiar o dedo no meu cu para ver
se estava com câncer!
Além
de taxistas, cabelereiros e Luis Felipe Pondé! Somos obrigados a conviver com
essa maldita etnia coxanhesca. O cara se fode como todo bom brasileiro, mas acha
a polícia honrosa e nossos problemas serão resolvidos por meio de votos em dois
em dois anos. PUTA QUE PARIU. Não existe voto errado, o errado é ter que votar
nesses ladrões caralho.
Foda-se
Elisyum deixa essa tarefa bisonha para o Rubens Ewald Filho enquanto ele se
masturba vendo uma G-Magazine. Vamos se atentar aos obtusos que nos deixam
deprimidos por suas posturas, discursos e atos.
Acenda
um cigarro ou tome uma cachaça. Dê uma peidada ou coma uma bolacha, só não coma
marmita porque o que vem abaixo é análise do tratamento de esgoto.
Você
sai para bater aquele rangão temperado com produto radioativo da Knorr ou
alguma marca pior. Vai meio ansioso porque tomou café de forma exagerada
enquanto terminava mais um trampo inútil. Chega à carniceira pega o prato com
cicatrizes de facas e garfos e parte para os dez tipos de saladas e oito pratos
quentes só por 10 reais. No fim você sabe que aquilo nem é lucro, você cada dia
fica mais pançudo e desmotivado.
Na
fila você tá ligado que aquela porra é suicídio parcelado. Porém o pior é o
Coxinha que insiste em bater um prato de merda com você e expor seus
pensamentos surgidos após o último Jornal Nacional. Caralho mano!
Mastigo
um pedaço de alface e escuto “A secretaria tem cara de santa, mas certeza que
adora uma rola”. Você tenta apreciar a cenoura ralada e “Olha que cu grande
pegando feijão”. Tentar rasgar o bife duro para caralho que a tia fritou na
vaselina e “Que boceta linda!”. Assim cada garfada que você efetua no rango
ruim vai percebendo que a comida está sendo engolida, pois seu desejo é jorrar
toda comida engolida na cara do Coxinha-macho-alfa. Sempre falando de bocetas,
rabos, tetas e pintos. Diz que come todo mundo e trata todas as mulheres como
potenciais piranhas. Odeia bichas, mas prefere que elas cortem seu cabelo. Faz
a unha, depila o peito e tem sacadas estilo revista Capricho. Pode ser roqueiro
ou escutar alguma merda da moda, mas tudo que a televisão exibe ele gosta e
fica animado. Se casado solta coisas como: “Eu adoro frutos do mar, mas é impossível
levar minha esposa e filha juntas, fica caro demais! Então vou escondido delas
e digo que vou encontrar amigos no bar”.
Ostenta seu carro parcelado, aliás, ostenta sua vida inteira parcelada.
Se solteiro mora com a mãe e fala demais.
Volto
inchadão pro pelourinho e meio deprê consequência dos trinta minutos de
ingestão e muita merda macho-sexista no ouvido, recomeço o trampo.
Mais
tarde depois de perder tempo para caralho no que chamam de trabalho tu resolve
colar no boteco com teu camarada e a centésima namorada dele. A pinga desce e os escombros do pensamento
surgem. A nova namorada do teu camarada fracassado é coxinha-dependente
emocional. Faz drama, já casou e mantém um misto de rancor e ciúme exagerado de
perder qualquer atual mané que aguentar seu discurso mais de meia hora. Ostenta
uma vida que não tem, acha o Fernando Henrique Cardoso charmoso e considera-se
uma arauta da filosofia. Chora diariamente às escondidas, pois tem consciência
da vida filha da puta que leva e tem vergonha de reconhecer que é um pedaço de
bosta como todo mundo. Estufa as tetas para falar das glórias de seu minúsculo
cotidiano que consiste em lixar unha e ler revista de dieta e fica brava quando
a verdade rija invade seu cérebro em forma de pão de forma. A conversa termina
em “E sabe qual a minha maior habilidade profissional? Eu sou boa em dar
palpites! Muitas vezes as coisas não estão andando, aí eu chego e resolvo tudo
com um palpite só!”. A desgraça além de
vomitar lixo tem carinho em manipulação.
Cansadão
e desiludido enquanto no rádio do boteco noticia que mais um pilantra de
Brasília não vai puxar xilindró volto para casa completamente broxa...
Jogo
ração pros gatos vândalos que fizeram questão de cagar na janela e mijar na
minha cama enquanto em minha cabeça explode num pensamento único : “Brasil,
terra da pizza e da coxinha!”.
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