Um amigo foca esbravejou comigo:
“Dê-me um exemplo atual da mídia desfocando de assuntos que interesse à
população” Primeiramente, vale salientar que nem todos os seres humanos
compartilham dos mesmos interesses, mas mesmo assim existem temas muito mais urgentes
a discutir do que os noventa e nove por cento impingidos em noticiários,
jornais, rádios e classificados de garotas de programa.
Segue um exemplo recente.
A reaça, a inteligente ao
contrário, imbecil, garota propaganda dos retardados desinformados, porém bem
articulada Rachel Shererazade é um exemplo disto.
Paga para ancorar notícias com
discursos de balada rica ou conversas de elevador, ela tem irritado petistas,
esquerdistas de facebook e uns peidos velhos.
Não desejo entrar em análises de
discursos desta marqueteira de notícias. Lembro vocês que não estou adjetivando
pejorativamente a vida real da supracitada jornalista, mas sim da personagem
criada pelo Silvio Santos (incorporada pela menina de ouro) a fim de salvar um
canal de televisão com concessão pública que sempre foi conhecido como mulheres
mostrando as tetas em chuveiros Lorenzetti ou gincanas com sabonetes Rexona em
banheiras de plástico permeada por frases do Chico Xavier. Chuveiros e banheiras.
Dito isto, segue o exemplo.
Num dos discursos
católico-classistas da personagem Sherehazade ela achou bonitinho um bando de
otários covardes pegarem um menino negro de quinze anos e fazer um remake do filme Doze anos de escravidão.
Isto enraiveceu muita gente, mas esta aí um exemplo do “falem sobre isso que a
realidade é outra”.
Enquanto o sindicato pelego,
petistas cínicos e uma massa com atraso cognitivo esbravejava até a lua, o real
problema continuava intacto – o Brasil continua racista, não respeitando porra
nenhuma.
O Estatuto da Criança e
Adolescente (ECA) não foi citado em lugar algum, a desigualdade racial esquecida,
a chacina da Candelária continua na lata do lixo, muito menos lembraram que
vivemos em um país com problema grave de distribuição de renda e que a política
aplicada a todos estes problemas são show
business, tanto pela “esquerda no poder” como na “direita no poder”.
Amplifiquem este episódio em
milhares de notícias, conectem os fios da informação e você verá que temos uma
alma do mundo espancada pela peste do noticiário cotidiano.
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