segunda-feira, 24 de março de 2014

Sabadão esquizofrênico


Quem estava no Brasil ou quem sempre esteve assistiu um dos espetáculos mais tragicômicos ocorridos na história recente do país. Ocorreu a Marcha pela Família II , o retorno. Teleguiados pela mídia menor babaquara representada por gente como Silas Malafia, Bolsonaro, Olavo de Carvalho, Reinaldo de Azevedo, Raquel Sherazade, Rodrigo Constantino e mais uma dezena de blogueiros débeis mentais, a marcha foi um pequeno exemplo da democracia que estas pessoas desejam, a saber, pensamento único, tortura a quem pensa diferente, queima de livros e uma sociedade monoétnica em que negros ,índios e pobres não possam frequentar universidades – só a cozinha e o elevador de serviço.
A Marcha  que no Brasil inteiro não passou de mil e quinhentas pessoas foi oitenta por cento constituída de tias que não trepam há mais de quarenta anos, senhores sociopatas broxas, um casal de lésbicas fascistas saídas de um filme de naziexplotation, eleitores do BBB, alguns recepcionistas de quartéis militares que não fazem nada, fãs do Luciano Huck, a mina que trampava comigo e foi demitida tempos atrás, nove pessoas com Transtorno de Personalidade Paranoide, quatro misantropos, um casal homoafetivo constituído de coroinhas e um vovô nazista. Os vinte por cento restantes eram jornalistas atônitos e a esquerda festiva. Mais uma vez fico entristecido com a ausência completa dos grandes anãos, cada vez mais difíceis encontrá-los zanzando pela cidade e há tempos que completamente ausentes de vindicações sociais. Estariam eles trampando para se fantasiarem de Fuleco na Copa de Merda deste ano?

Os gurus "mainstream" supracitados diante da baixaria apresentada nas ruas ficaram quietinhos. Os que incitam a massa intolerante marchar rumo à Idade das Pedras não comentaram nada em seus veículos de defecação, simplesmente ignoraram, mas continuarão jogando seus venenos conspiracionistas para convencer cada vez mais lunáticos que o Brasil vive sob o comunismo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário