«Cyber-Parker» é um livro híbrido que convoca o jornalismo, a
filosofia e a literatura. O ponto de partida é uma espécie de dor existencial:
«Sentirmo-nos bem, hoje, é não sentirmos dor, ou melhor, é sentirmos nada – o
próprio sistema médico foi concebido para nos proporcionar esta paz asséptica,
assim como (...) o do entretenimento, em que a adesão do público é tanto maior
quanto menos problematizador for o produto supostamente “artístico” ao nível da
percepção dos sentidos e da avaliação intelectual.» O ponto de chegada é uma
extensa e valiosa caracterização dos principais compositores portugueses que
decidiram viver nesse limbo da “música de arte”, como Carlos Zíngaro, Rafael
Toral, Sei Miguel, Miso Ensemble e tantos outros.
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