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Tem punkrente aê? Tem punkrente aê? |
Tempos atrás eu fiquei fascinado quando vi um vídeo, dentro de uma igreja, onde vários fanáticos rodavam, sambavam e se jogavam no chão. Pastores pogando em altares e berrando “Jesuísss”, “Fogo na igreja” e “Funk para desmascarar o diabo” e muitos outros dísticos brilhantes deste movimento que os crentelhos mais conservadores têm chamado de hereges, feiticeiros, anarquistas dos ministérios, entre outros termos muito fofos.
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Punkrente fazendo performance inspirada em Diamanda Galás |
Surgido nas periferias brasileiras o movimento punkrente tem crescido cada vez mais, é um tipo de messianismo subterrâneo com interpretações psicodélicas da bíblia com o que há de “melhor” na indústria cultural brasileira, a saber: funk carioca, arrocha, axé, sertanejo universitário, gospel ostentação, putaria brega, tudo isso com fortes pegadas de música africana.
Fato é que o movimento punkrente brasileiro tem incomodado muito o povo de deus e o povo dos sem deus; o primeiro acusa-o de desmiolados vazios, o segundo faz deboche e chama de fanáticos de Jesuís. Mas o movimento punkrente brasileiro tem resistido em puxadinhos em várias biqueiras esquecidas e uma grande parte do movimento já está mais mainstream enchendo seus shows para a punkrentaiada cair no mosh e no pogo.
A estética punkrente basicamente é as mulheres costurarem seus vestidos no espírito “Faça você mesmo” usando panos de mesa ou lençóis e os homens comprarem ternos em velórios ou brechós.
O lado ruim do movimento punkrente é a evolução mental dos mesmos, já que as letras ainda caem na mesmice religiosa: contra o aborto, machistas, sexistas, homofóbicos. Mas torçamos para que surja o movimento pós-punkrente onde as letras fiquem mais edificantes e menos poser.
Neste som punkrente ouvimos uma alerta às traíras do movimento que são chamadas de cobras e o Estado chamado de "Diabo".
Aqui o início de um típico show punkrente onde o pastor passa o terno na galera ironizando religiões que tratam as pessoas como rebanho.
E por fim, as duas coisas mais subversivas da cultura brasileira. Funk e os punkrentes arrebetando numa dança frenética que eles chamam de DANÇA DO POGOBOL.
HAHAHAHAHAHAHAHAHA!
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